Promovendo a Pesquisa Inclusiva em Biodiversidade: Estratégias para Práticas Equitativas e Impacto Coletivo
DOI:
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.7623Keywords:
biodiversidade, inclusividade, inclusão, representação, ciência paracaídas, conservação, diversidade, conhecimento tradicional, equidade, colaboração, Sul globalResumo
A pesquisa em biodiversidade é essencial para enfrentar a crise global de biodiversidade, exigindo perspectivas diversificadas. No entanto, este campo do conhecimento enfrenta um significativo problema de inclusão, uma vez que os conhecimentos ecológicos produzidos em áreas ricas em biodiversidade, mas economicamente desfavorecidas, são frequentemente sub-representados. Esta sub-representação é impulsionada por quatro desafios principais: viés linguístico, contribuições científicas subvalorizadas, colaborações baseadas em práticas colonialistas (parachute science) e lacunas na capacitação e no acesso a dados. Embora soluções fragmentadas existam, uma abordagem multilateral unificada é necessária para abordar estas questões sistêmicas. Aqui, introduzimos uma abordagem holística de responsabilidade coletiva, integrando estratégias personalizadas que abraçam a diversidade e desmantelam barreiras sistêmicas para uma colaboração equitativa. Esta abordagem delineia os diversos atores e práticas necessárias para promover a inclusão na pesquisa sobre biodiversidade, atribuindo responsabilidades claras a pesquisadores, editoras, instituições e órgãos de fomento. As estratégias para os investigadores incluem o cultivo da autoconsciência, a expansão das pesquisas bibliográficas, o fomento de parcerias com especialistas locais e a promoção do intercâmbio de conhecimentos. Para as instituições, recomendamos o estabelecimento de funções de intermediação especializadas, a implementação de políticas equitativas, a alocação de recursos para iniciativas de diversidade e o reforço do apoio a pesquisadores internacionais. As editoras podem facilitar a divulgação multilíngue, eliminar barreiras financeiras, estabelecer normas de inclusão e assegurar uma representação equitativa na avaliação pelos pares. Os financiadores devem eliminar barreiras sistêmicas, fortalecer redes de pesquisa e dar prioridade à distribuição equitativa de recursos. A implementação dessas estratégias específicas para as partes interessadas pode ajudar a desmantelar vieses profundamente enraizados e desigualdades estruturais na pesquisa de biodiversidade, catalisando uma mudança para um modelo mais inclusivo e representativo que amplifica perspectivas diversas e maximiza o conhecimento coletivo para uma eficaz conservação da biodiversidade global.
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Copyright (c) 2023 Jose Valdez, Gabriella Damasceno, Rachel R.Y. Oh, Laura Catalina Quintero Uribe, Martha Paola Barajas Barbosa, Talita Ferreira Amado, Chloé Schmidt, Miguel Fernandez, Sandeep Sharma
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