COMO O RACISMO ESTRUTURAL IMPEDE A IMPLEMENTAÇÃO DA ERER NO ENSINO DE QUÍMICA
DOI:
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.3111Keywords:
racismo estrutural, lei 10.639/03, ensino de química, história e cultura afro-brasileiraResumo
Considerando que as escolhas curriculares se apresentam em consonância com a história singular e caucasiana, não contemplando a diversidade dos corpos presentes nos espaços escolares, este artigo busca evidenciar como o racismo estrutural impede a implementação da Educação para as Relações Étnico-Raciais no Ensino de Química (EREREQ). Para tanto, estabelecemos uma relação entre o racismo estrutural e o ensino de Ciências/Química, consubstanciada por entrevistas feitas com seis educadores/as de Química que lecionam para alunos do Ensino Médio de escolas públicas e particulares do estado de Minas Gerais, a partir destas construímos significados para aprimorar a compreensão de como o racismo estrutural atua em seu caráter impeditivo para a realização de atividades pedagógicas intencionalmente organizadas. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa que, por meio de análise de conteúdo, discutiu as respostas dos participantes com respaldo na biografia específica da EREREQ. Nesse sentido, as entrevistas e suas respectivas análises nos permitiram concluir que há múltiplos lugares de origem da manifestação da hierarquização e da desigualdade racial. Constatamos, ainda, que a resistência à efetivação da EREREQ se encontra não somente no comportamento dos estudantes e das famílias, mas também na postura de professores e professoras, que transferem a responsabilidade para as instituições de ensino ou para o currículo.
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