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COMO O RACISMO ESTRUTURAL IMPEDE A IMPLEMENTAÇÃO DA ERER NO ENSINO DE QUÍMICA

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  • Carla Cristina Alves Mendes Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0002-4137-7854
  • Gustavo Henrique Costa da Silva Universidade Federal de Uberlândia
  • Mariana Gabriele dos Reis Universidade Federal de Minas Gerais
  • Nicea Quintino Amauro Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0001-9595-4656

DOI:

https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.3111

Keywords:

racismo estrutural, lei 10.639/03, ensino de química, história e cultura afro-brasileira

Resumo

Considerando que as escolhas curriculares se apresentam em consonância com a história singular e caucasiana, não contemplando a diversidade dos corpos presentes nos espaços escolares, este artigo busca evidenciar como o racismo estrutural impede a implementação da Educação para as Relações Étnico-Raciais no Ensino de Química (EREREQ). Para tanto, estabelecemos uma relação entre o racismo estrutural e o ensino de Ciências/Química, consubstanciada por entrevistas feitas com seis educadores/as de Química que lecionam para alunos do Ensino Médio de escolas públicas e particulares do estado de Minas Gerais, a partir destas construímos significados para aprimorar a compreensão de como o racismo estrutural atua em seu caráter impeditivo para a realização de atividades pedagógicas intencionalmente organizadas. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa que, por meio de análise de conteúdo, discutiu as respostas dos participantes com respaldo na biografia específica da EREREQ. Nesse sentido, as entrevistas e suas respectivas análises nos permitiram concluir que há múltiplos lugares de origem da manifestação da hierarquização e da desigualdade racial. Constatamos, ainda, que a resistência à efetivação da EREREQ se encontra não somente no comportamento dos estudantes e das famílias, mas também na postura de professores e professoras, que transferem a responsabilidade para as instituições de ensino ou para o currículo.

 

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Biografia do Autor

Carla Cristina Alves Mendes, Universidade Federal de Uberlândia

Possui graduação em Licenciatura em Química pelo Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara (2009) e Mestrado em Química pela Universidade Federal de Uberlândia (2014). Professora universitária.

Gustavo Henrique Costa da Silva, Universidade Federal de Uberlândia

Sou formado em Licenciatura em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro - campus de Uberaba (2017). Atuei em diversos projetos em escolas de educação básica pelo PIBID-Capes buscando ferramentas para melhorar a qualidade do ensino de ciências na rede pública. Participei de projetos de extensão envolvendo a organização de clubes de ciências em escolas da rede pública. Tenho experiência em projetos relacionados à inclusão para a comunidade surda. Atualmente estou fazendo mestrado no Programa de Pós Graduação do Instituto de Química - UFU. Minha pesquisa tem foco em resgatar os conhecimentos científicos e tecnológicos produzidos pela população negra em África e na diáspora. No momento estou atuando como professor de Química na rede pública na cidade de Paracatu-MG e aplico em sala de aula as produções químicas advindas de África.

Mariana Gabriele dos Reis, Universidade Federal de Minas Gerais

Estudante do curso de Especialização em Educação em Ciências na Universidade Federal de Minas Gerais. Possui graduação no curso de Licenciatura em Biologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Educadora com prática em ambos os ciclos do ensino fundamental, ensino médio e superior. Possui pesquisas nas áreas de agroecologia e permacultura, educação, ensino de ciências e educação sexual. Atuando nas áreas de ensino de ciências, juventude e saúde.

Nicea Quintino Amauro, Universidade Federal de Uberlândia

Bacharel em Química pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Foi presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as - ABPN, entre os anos de 2018-2020, editora-chefe da Revista ABPN (2017-2018) esecretária executiva em (2017-2018). E Coordenadora Executiva do FOPIR - Fórum Permanente pela Igualdade Racial e Conselheira do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial - CNPIR, na área de educação (2019-2020). Contribuiu para adequação na Base Nacional Comum Curricular - BNCC na área de Ciências da Natureza para e as Relações Étnico-Raciais. Orientadora no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECM/UFU) e no Programa de Pós-Graduação em Química (PPQUI/UFU). Possui pesquisas nas áreas de currículo e avaliação, experimentação no ensino de química e descolonização do currículo de ciências. É integrante da Casa Laudelina de Campos Mello - Organização da Mulher Negra, desde a sua fundação, em 1989. Atuando nas áreas de formação, juventude, saúde e direitos reprodutivos e na coordenação de projetos. Mãe de um jovem preto, Luan Matheus Amauro, a 19 anos.

Postado

03/11/2021 — Atualizado em 03/11/2022

Versões

Como Citar

Alves Mendes, C. C., Costa da Silva, G. H., dos Reis, M. G., & Quintino Amauro, N. (2022). COMO O RACISMO ESTRUTURAL IMPEDE A IMPLEMENTAÇÃO DA ERER NO ENSINO DE QUÍMICA. In SciELO Preprints. https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.3111 (Original work published 2021)

Série

Ciências Sociais Aplicadas

Plaudit