ESTUDANTES COTISTAS NO CURSO DE MEDICINA DA UFSC/FLORIANÓPOLIS: DOIS PERFIS
DOI:
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.9984Keywords:
ações afirmativas, sociologia da educação, cursos de medicina, Pierre BourdieuResumo
Combinando o uso de dados socioeconômicos, produzidos pela Universidade Federal de Santa Catarina, e entrevistas em profundidade conduzidas pelos pesquisadores, nosso estudo identificou dois perfis de universitários cotistas na carreira de medicina do campus central da UFSC. Com base nas categorias bourdiesianas dos “sobreviventes da superseleção escolar” e dos “pequenos burgueses”, argumentamos que os “sobreviventes” correspondem aos estudantes originados de famílias caracterizadas por ocupações manuais, com itinerários escolares precários, mas que – através de investimentos educacionais incertos e solitários – compensam gradualmente as desvantagens culturais de seu meio social. Já os cotistas “pequenos burgueses” originam-se de famílias caracterizadas por ocupações “não manuais” (embora de escalão inferior em burocracias públicas e privadas), apresentando trajetórias escolares mais qualificadas, que refletem as estratégias educacionais que caracterizam o ethos dessa fração de classe, segundo Bourdieu. Em diálogo com a literatura, o estudo busca contribuir com a temática, pouco explorada, da diversidade social existente no interior do universo dos estudantes cotistas, abordando a carreira mais seletiva (a medicina) do ensino superior brasileiro.
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