LIÇÕES APRENDIDAS COM O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL À LUZ DA ESTRUTURA DAS COMUNIDADES ACADÊMICAS DE ENGAJAMENTO (ACE)

Resumo

Durante a pandemia de COVID-19, as instituições de ensino superior precisaram adotar um formato de aprendizado diferente das aulas presenciais. Uma das alternativas foi o chamado Ensino Remoto Emergencial (ERL), transformando o ensino presencial tradicional em ensino remoto síncrono. Este estudo tem como objetivo obter informações sobre as melhores práticas de aprendizagem online com base nas respostas de estudantes de uma universidade brasileira a uma pergunta aberta, aplicada periodicamente em uma pesquisa online, sobre sua experiência com o ERL durante o primeiro ano da pandemia. Os dados foram coletados em diferentes momentos do ano, tendo sido coletadas mais de 19.000 respostas. As respostas à pergunta aberta foram analisadas usando a estrutura das Comunidades Acadêmicas de Engajamento (ACE). A análise das percepções dos estudantes sobre o período de ERL permitiu realizar uma reflexão sobre aspectos relevantes do envolvimento emocional, cognitivo e comportamental dos alunos, com potenciais aplicações em contextos de ensino online síncronos ou assíncronos. Os estudantes associaram o ensino remoto às modalidades online, expressando exaustão e dificuldades de gestão de estudos, trabalho e família. Comentários negativos sobre tecnologia, metodologia e professores afetaram as dimensões cognitiva, emocional e comportamental. Os dados ressaltam que as atividades síncronas online exigem tecnologia acessível, estratégias específicas e métodos que promovam a colaboração para criar engajamento. Este artigo fornece contribuições sobre estratégias para a implementação de experiências de ensino remoto que objetivem o aprendizado e a satisfação dos estudantes.