OS PINGOS DO IS: A Construção Retórica do Jornalismo de Fachada

Karina Ernsen; Kelly Prudencio

doi:10.1590/SciELOPreprints.9327

article.authors69174de079ad2

Karina Ernsen Universidade Federal do Paraná https://orcid.org/0009-0008-0659-2103
Kelly Prudencio Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.9327

Palavras-chave:

Jornalismo, Os Pingos nos Is, Desinformação, Retórica, Saúde, Bolsonarismo

Resumo

Nesta pesquisa realizamos um estudo pelos fatores econômicos e sociais para explicar os caminhos da comunicação da democracia contemporânea, e como o jornalismo recorre a uma retórica baseada no enredo, sustentando argumentos direcionados a um público segmentado. Realizou-se uma Análise de Conteúdo, com base na retórica, nas opiniões relativas ao tema “Covid-19”, no período de novembro de 2020 a março de 2021, no programa “Os Pingos nos Is”, produzido pela Jovem Pan. Foram identificadas estruturas argumentativas para sintonia com um público-alvo. Conclui-se que essa retórica foi aprovada ao governo de Jair Bolsonaro (2018 - 2022) validando as posições do governo em contraposição às autoridades sanitárias. O jornalismo opinativo do programa não se baseou na complexidade dos fatos e adotou uma retórica detalhada neste estudo como “Jornalismo de Fachada”.

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Biografia do Autor

Karina Ernsen, Universidade Federal do Paraná

Doutoranda em Comunicação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) na linha de pesquisa em Comunicação Política. Mestra em Comunicação pela UFPR na mesma linha de pesquisa. Bolsista CAPES-DS, tanto no programa de Doutorado quanto no de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFPR. Integra o Grupo de Pesquisa em Comunicação Política e Democracia Digital (COMPADD) e o Grupo de Pesquisa em Comunicação e Participação Política (COMPA). Temas das pesquisas atuais: Ativismo nas Redes Digitais, Comunicação Política, Retórica, Democracia Digital, Participação Política e Movimentos Sociais. Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela Universidade Tuiuti do Paraná, tem experiência profissional nas áreas de Jornalismo e de Design Gráfico, desempenhando atividades como Assessoria de Imprensa, Produção de Conteúdo, Planejamento, Análise da Comunicação, Assessoria Institucional, Comunicação Visual, Social Media e Edição de Vídeo. A experiência profissional como Assessora de Imprensa inclui atuação nas áreas de Nutrição, Alimentação, Educação, Políticas Públicas, Saúde, Sociedade Civil Organizada e Direitos Humanos.

Kelly Prudencio, Universidade Federal do Paraná

Doutora em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006), com estadia de pesquisa na Freie Univesität Berlin (2004). Pós-Doutorado em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016). Graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Paraná (1994), onde é professora associada IV e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Secretária Geral da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica) no biênio 2015-2017. Editora da Revista E-Compós, da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós), no biênio 2017-2019. Tem experiência na área de Comunicação e Política, atuando principalmente nos seguintes temas: mídia e movimentos sociais, comunicação e participação política, lutas por reconhecimento, ativismo digital e estudos de enquadramento noticioso e interpretativo. Coordena o COMPA, grupo de pesquisa Comunicação e participação política (CNPq), integrante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT-DD).