DOI do artigo publicado https://doi.org/10.1016/j.gecco.2024.e02831
Identificação de Tipos de Vegetação Críticos para a Conservação da Biodiversidade nas Américas
DOI:
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.7272Keywords:
Avaliação de habitat, América do Norte, América do Sul, América Central, Caribe, Mapeamento de habitat, América Latina, Conservação, biodiversidade, anatomia vegetalResumo
As Américas abrigam ecossistemas altamente biodiversos, porém vulneráveis, com muitas espécies ameaçadas insuficientemente protegidas. Avaliações de habitat em escalas mais detalhadas são cruciais para um planejamento eficaz de conservação, mas mapas de vegetação de alta resolução em escala continental ainda são limitados. Este estudo aborda essa lacuna, identificando tipos críticos de vegetação nas Américas usando o quadro padronizado do sistema de Classificação Internacional de Vegetação (IVC) no nível de macrogrupo, que representa a classificação de vegetação mais detalhada disponível em toda a região, bem como os mapas de Área de Hábitat (AOH) de maior resolução disponíveis atualmente. Ao combinar esses mapas de IVC de alta resolução com mapas de AOH, determinamos os tipos de vegetação em risco com base em 1) espécies ameaçadas e associadas a macrogrupos (espécies que têm pelo menos 50% de sua AOH em um macrogrupo), 2) níveis de proteção das espécies, e 3) ameaças projetadas por mudanças no uso do solo, e 4) desenvolvemos um índice de valor de conservação (CVI) que leva em consideração os três fatores anteriores. Os resultados demonstram a notável diversidade de macrogrupos de alto valor de conservação nas Américas, enfatizando sua importância em regiões como os Andes, a Mesoamérica montanhosa, o Caribe, o Cerrado do Brasil e a Mata Atlântica. Entre os macrogrupos com maior pontuação, o Bosque Úmido Montano Norte Andino e Alto Montano emergiram como de importância crítica, abrigando um grande número de espécies ameaçadas e associadas a macrogrupos. Outros macrogrupos de interesse para a conservação incluem o Bosque Úmido Montano Atlântico do Brasil, o Bosque Seco Estacional Mesoamericano do Pacífico, o Bosque Úmido de Terras Baixas do Caribe e o Bosque de Carvalhos, Florestas e Savanas do Centro-Oeste Central. No entanto, o estudo revelou que quase três quartos dos mais de 300 macrogrupos nas Américas estão abaixo da meta global de 30% de proteção. Em particular, um quinto de todas as espécies estava associado a um único macrogrupo, incluindo mais de 40% das espécies ameaçadas. Nossas descobertas enfatizam a necessidade de estratégias de conservação específicas que considerem classificações de habitats em escala detalhada e se combinem com dados de distribuição de espécies de alta resolução para orientar as estratégias de conservação da biodiversidade nas Américas.
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Copyright (c) 2023 Lea Schulte, Luise Quoss, Patrick Comer, Maria Lumbierres; Emmanuel Oceguera ; Henrique M. Pereira, Jose Valdez
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