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DOI do artigo publicado https://doi.org/10.36660/abc.20240113
Preprint / Versão 1

Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório – 2023

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DOI:

https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.7057

Keywords:

Pressão Arterial, Determinação da Pressão Arterial, Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial, Hipertensão

Resumo

A hipertensão arterial (HA) é um dos principais fatores de risco modificáveis para morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo um dos maiores fatores de risco para doença arterial coronária, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Além disso, é altamente prevalente e atinge mais de um terço da população mundial.

A medida da PA é procedimento OBRIGATÓRIO em qualquer atendimento médico ou realizado por diferentes profissionais de saúde. Contudo, ainda é comumente realizada sem os cuidados técnicos necessários. Como o diagnóstico se baseia na medida da PA, fica claro o cuidado que deve haver com as técnicas, os métodos e os equipamentos utilizados na sua realização.

Deve-se reforçar que, feito o diagnóstico, toda a investigação e os tratamentos de curto, médio e longo prazos são feitos com base nos resultados da medida da PA. Assim, técnicas e/ou equipamentos inadequados podem levar a diagnósticos incorretos, tanto subestimando quanto superestimando valores e levando a condutas inadequadas e grandes prejuízos à saúde e à economia das pessoas e das nações.

Uma vez feito o diagnóstico correto, na medida em que avança o conhecimento da importância do tratamento adequado, com a adoção de valores de normalidade mais detalhados e com objetivos de tratamento mais cuidadosos no sentido do alcance de metas de PA mais rigorosas, fica também reforçada a importância da precisão na medida da PA.

A medida da PA (descrita a seguir) é habitualmente feita pelo método tradicional, a assim chamada medida casual ou de consultório. Ao longo do tempo, foram agregadas alternativas a ela, mediante o uso de equipamentos semiautomáticos ou automáticos pelo próprio paciente, nas salas de espera ou fora do consultório, em sua própria residência ou em espaços públicos. Um passo adiante foi dado com o uso de equipamentos semiautomáticos providos de memória que permitem medidas sequenciais fora do consultório (AMPA; ou MRPA) e outros automáticos que permitem medidas programadas por períodos mais prolongados (MAPA).

Alguns aspectos na medida da PA podem interferir na obtenção de resultados fidedignos e, consequentemente, causar prejuízo nas condutas a serem tomadas. Entre eles, estão: a importância de serem utilizados valores médios, a variação da PA durante o dia e a variabilidade a curto prazo. Esses aspectos têm estimulado a realização de maior número de medidas em diversas situações, e as diferentes diretrizes têm preconizado o uso de equipamentos que favoreçam essas ações. Ganham cada vez mais espaço os equipamentos que realizam MRPA ou MAPA, que, além de permitirem maior precisão, se empregados em conjunto, detectam a HA do avental branco (HAB), HA mascarada (HM), alterações da PA no sono e HA resistente (HAR) (definidos no Capítulo 2 desta diretriz).

Resguardados esses detalhes, devemos ressaltar que as informações relacionadas a diagnóstico, classificação e estabelecimento de metas ainda são baseadas na medida da PA de consultório e, por esse motivo, toda a atenção deve ser dada à realização desse procedimento.

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Postado

23/09/2023

Como Citar

Feitosa, A. D. de M., Barroso, W. K. S., Mion Júnior, D., Nobre, F., Mota-Gomes, M. A., Jardim, P. C. B. V., Amodeo, C., Camargo, A., Alessi, A., Sousa, A. L. L., Brandão, A. A., Pio-Abreu, A., Sposito, A. C., Pierin, A. M. G., Paiva, A. M. G. de, Spinelli, A. C. de S., Machado, C. A., Poli-de-Figueiredo, C. E., Rodrigues, C. I. S., Forjaz, C. L. de M., Sampaio, D. P. S., Barbosa, E. C. D., Freitas, E. V. de, Cestário , E. do E. S., Muxfeldt, E. S., Lima Júnior, E., Campana, E. M. G., Feitosa, F. G. A. M., Consolim-Colombo, F. M., Almeida, F. A. de, Silva, G. V. da, Moreno Júnior, H., Finimundi, H. C., Guimarães, I. C. B., Gemelli, J. R., Barreto Filho, J. A. S., Vilela-Martin, J. F., Ribeiro, J. M., Yugar-Toledo, J. C., Magalhães, L. B. N. C., Drager, L. F., Bortolotto, L. A., Alves, M. A. de M., Malachias, M. V. B., Neves, M. F. T., Santos, M. C., Dinamarco, N., Moreira Filho, O., Passarelli Júnior, O., Valverde de Oliveira Vitorino, P. V. de O., Miranda, R. D., Bezerra, R., Pedrosa, R. P., Paula, R. B. de, Okawa, R. T. P., Póvoa, R. M. dos S., Fuchs, S. C., Inuzuka, S., Ferreira-Filho, S. R., Paffer Fillho, S. H. de, Jardim, T. de S. V., Guimarães Neto, V. da S., Koch, V. H., Gusmão, W. D. P., Oigman, W., & Nadruz, W. (2023). Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório – 2023. In SciELO Preprints. https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.7057

Série

Ciências da Saúde

Plaudit

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Declaração de dados

  • Os dados de pesquisa estão contidos no próprio manuscrito