FORRÓ DA MELHOR IDADE: UMA “VONTADE POLÍTICA” CUIDANDO DO ENVELHECIMENTO ATIVO

Resumo

Este artigo pontua reflexões advindas do trabalho de campo em andamento no Forró da Melhor Idade promovido pelo Projeto Conviver da cidade de Goianésia do estado de Goiás, localizada na região centro-oeste do Brasil. São que envolvem reflexões dança, envelhecimento e pessoas mais velhas, a partir das quais exponho inquietações a respeito de um cenário político de um contexto interiorano. Um diálogo rápido com as políticas públicas direcionadas para este segmento social, bem como uma associação breve ao paradigma da autonomia é aplicável. As reflexões produzidas neste artigo são mobilizadas por um campo de experimentações etnográficas fundamentadas pela observação participante, em uma aposta na prática antropológica modular possibilidades da dança no momento da vida denominada de “velhice”.A investigação das formas com que o universo da dança contribui para produzir o curso da vida das pessoas mais velhas tem revelado, no contexto interiorano treinado, ao menos até o momento, três constatações. Chama a atenção o fato de atividades físicas e lazer, e a dança está incluída neste combo, são elementos que sempre são lembrados quando o público alvo é da terceira idade. Estes elementos enfatizam que velhice e dança estão sempre imbrincadas para uma política do envelhecimento ativo. Pessoas mais velhas que dançam podem, facilmente, traçar um perfil de velho que mobiliza detalhes em promover a qualidade de vida como uma questão social.Tais constatações servem de inspiração para debates que tensionam as políticas públicas existentes e as formas que se assumem nas sociedades ocidentais contemporâneas.