Ensino baseado em simulação e promoção de autoconfiança em estudantes de medicina
DOI:
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.5483Keywords:
Simulação, Educação Médica, Estudantes de medicinaResumo
A simulação realística tem se difundido nas escolas médicas nas últimas décadas, conferindo a esta o status de metodologia ativa denominada de Ensino Baseado em Simulação. Este tem se mostrado eficaz na promoção da autoconfiança de estudantes de medicina e relevante por estimular a segurança de agir, baseado nas habilidades, valores, metas e experiências vivenciadas na formação. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto do uso da simulação realística no ensino de emergências pediátricas para a promoção de autoconfiança de graduandos em medicina. Realizou-se um estudo prospectivo de intervenção educacional, em um curso de Graduação em Medicina no Brasil. A amostra por conveniência foi composta por 40 graduandos entre o segundo e o quarto ano do curso. Os estudantes participaram de um workshop sobre emergência pediátrica com tema “reanimação cardiopulmonar em pediatria”, sendo ao final submetidos à simulação realística. Foi aplicada a Escala de Satisfação dos Estudantes e Autoconfiança com a Aprendizagem, traduzida e validada para o português em 2015. A idade dos estudantes variou entre 21,8 e 22,2 anos. Quanto ao sexo, 60% eram do masculino e 40% do feminino. Estavam matriculados no segundo ano do curso, 67,5% dos estudantes e 32,5% no terceiro e quarto. Para 80% dos estudantes, esta foi a primeira experiência com simulação e 90% deles não estavam participando de outra atividade extracurricular. Acerca da autoconfiança, 95% dos estudantes afirmaram que a simulação abordou o conteúdo necessário para a formação, 97,5% referiram estar confiantes sobre o domínio do conteúdo da atividade apresentada e 100% dos estudantes afirmou autoconfiança para realizar um atendimento em ambiente real, reportando os conhecimentos adquiridos na simulação. A autoconfiança promovida pela simulação é um pré-requisito necessário para mudanças positivas no comportamento e nas ações dos estudantes. Profissionais e estudantes de medicina, com maiores níveis de autoconfiança, têm melhores perspectivas de serem bem-sucedidos nas suas intervenções, pois conseguem prontamente testar e aplicar as suas competências. Assim, sinaliza-se para uma maior necessidade de incluir a simulação nos currículos dos cursos médicos como metodologia ativa.
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