DOI do artigo publicado https://doi.org/10.1590/1980-549720230005.supl.1.1
Violência contra pessoas LGB+ no Brasil: análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-549720230005.supl.1.1Keywords:
Minorias Sexuais e de Gênero, Discriminação sexual, Violência de gênero, Inquéritos EpidemiológicosResumo
Objetivo: Analisar a associação entre a orientação sexual auto identificada e a violência na população brasileira. Métodos: Estudo epidemiológico transversal utilizando base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Analisou-se a violência total e seus subtipos (psicológica, física e sexual) nos 12 meses anteriores. Estimou-se a prevalência e a Odds Ratio Ajustada por faixa etária, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%, segundo orientação sexual auto identificada da população acima de 18 anos no Brasil. Considerou-se a significância estatística de 5%. Resultados: A população brasileira se auto identificou majoritariamente como heterossexual (94,75%), sendo que 1,89% se identificaram LGB+. Esse percentual foi inferior ao de entrevistados que se recusaram a responder à pergunta (2,28%). A prevalência da violência na população geral do Brasil foi de 18,27%, sendo o subtipo mais comum a violência psicológica (17,36%). A população LGB+ apresentou mais que o dobro de chances de sofrer qualquer tipo de violência. As mulheres LGB+ apresentaram as maiores prevalências de todos os subtipos de violência e os homens heterossexuais, as menores. Mulheres LGB+ tiveram mais de três vezes mais chances de sofrer violência física, comparadas as mulheres heterossexuais. Enquanto isso, homens LGB+ mostraram chances quase oito vezes maiores de sofrer violência sexual que os homens heterossexuais. Conclusões: A violência contra a população LGB+ apresentou alta prevalência no país. São necessárias Políticas Públicas voltadas a essa população para que se enfrente o preconceito contra a diversidade sexual e seja possível garantir os direitos das pessoas não-heterossexuais.
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