Preservação de genótipos moderadamente resistentes ou tolerantes: uma estratégia para suplantar o declínio da goiabeira

Maurício Moisés Pereira Silva; Manoel Abilio de Queiróz; Patrícia Gomes Oliveira; Milena dos Santos  Coutinho

doi:10.1590/SciELOPreprints.4678

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Maurício Moisés Pereira Silva Universidade do Estado da Bahia
Manoel Abilio de Queiróz Universidade do Estado da Bahia https://orcid.org/0000-0001-9501-2343
Patrícia Gomes Oliveira Universidade Estadual de Feira de Santana
Milena dos Santos Coutinho Universidade do Estado da Bahia https://orcid.org/0000-0003-4391-530X

DOI:

https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.4678

Keywords:

Meloidogyne enterolobii

Resumo

Originária da América Tropical, a cultura da goiabeira (Psidium guajava L.) tem grande relevância para o Brasil. Contudo, surgimento do patossistema designado como declínio da goiabeira, problema fitossanitário provocado pelo parasitismo das raízes por nematoides da espécie Meloidogyne enterolobii Yang & Eisenback em associação com fungos oportunistas, dizimou muitos pomares em todas as regiões do Brasil e em outros países. No presente estudo, propagou-se vegetativamente, por miniestaquia, acessos de goiabeiras seminíferas mantendo seus genótipos preservados e reavaliando a resistência por meio dos clones de forma a comprovar ou não as reações das plantas hospedeiras. Os resultados apontam para alta virulência do parasita, bem como alta hospedabilidade da espécie P. guajava, além da existência de grande variação da reação entre plantas do mesmo genótipo e entre genótipos distintos, o que indica que a estratégia de preservação do germoplasma e a reavaliação da reação em clones pode ser importante na busca e seleção de germoplasma com algum grau de resistência ou características de tolerância ao M. enterolobii. A progênie da cv. Paluma P02R5R2 obteve a menor média de Fator de Reprodução do parasita (FR = 22,11) entre os genótipos avaliados, sendo classificada como moderadamente resistente e preservada para estudos posteriores.

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Biografia do Autor

Manoel Abilio de Queiróz, Universidade do Estado da Bahia

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1967), mestrado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) pela Universidade de São Paulo (1969) e doutorado em Genetics and Plant Breeding - University of Cambridge, Inglaterra (1984). Atualmente é professor Titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Docente Permanente do Curso de Mestrado em Agronomia: Horticultura Irrigada da UNEB e também da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) no curso de Pós Graduação em Recursos Genéticos Vegetais. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitotecnia (Recursos Genéticos Vegetais e Melhoramento de Plantas), atuando principalmente nos seguintes temas: cucurbitáceas da agricultura tradicional e frutíferas nativas do semiárido brasileiro (recursos genéticos vegetais, melhoramento vegetal e germoplasma).

Patrícia Gomes Oliveira, Universidade Estadual de Feira de Santana

Licenciatura em Ciências Biológicas (UPE); Mestrado em Recursos Genéticos Vegetais (UEFS/BA);Especialização em Tecnologia Ambiental e Sustentabilidade em Territórios Semiáridos IF- Sertão/PE; Doutoranda em Recursos Genéticos Vegetais (UEFS/BA) atuando nas seguintes linhas de pesquisa: Fitopatologia/fitonematologia; Recursos Genéticos Vegetais, Educação Ambiental, Meio Ambiente e Sustentabilidade; atuando principalmente nos seguintes temas: Manejo sustentável de doenças de plantas cultivadas; Seleção de fontes de resistência ao Meloidogyne enterolobii; Caracterização taxonômica e molecular de fitonematoides; e atualmente tem trabalhado principalmente no patossistema Meloidogyne enterolobii (nematoide-das-galhas) x Psidium guajava (goiabeira), mas também em outros que envolvam a associação de nematoides com culturas de importância econômica para o Semiárido brasileiro. Membro da Sociedade Brasileira de Nematologia.