Obesidade abdominal e fatores associados em comunidades quilombolas do Norte de Minas Gerais, 2019

Patrícia de Sousa Fernandes Queiroz; Leonardo de Paula Miranda; Pâmela Scarlatt Durães Oliveira; João Felício  Rodrigues Neto; Cristina Andrade Sampaio; Thatiane Lopes Oliveira; Maria Luiza Oliveira Silva

doi:10.1590/s1679- 49742021000300023

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Patrícia de Sousa Fernandes Queiroz Universidade Estadual de Montes Claros https://orcid.org/0000-0002-4616-1593
Leonardo de Paula Miranda Universidade Estadual de Montes Claros https://orcid.org/0000-0002-2035-3407
Pâmela Scarlatt Durães Oliveira Universidade Estadual de Montes Claros https://orcid.org/0000-0001-6084-5011
João Felício Rodrigues Neto Universidade Estadual de Montes Claros https://orcid.org/0000-0001-8189-6539
Cristina Andrade Sampaio Universidade Estadual de Montes Claros https://orcid.org/0000-0002-9067-4425
Thatiane Lopes Oliveira Instituto Federal do Norte de Minas Gerais https://orcid.org/0000-0002-2035-3407
Maria Luiza Oliveira Silva Universidade Estadual de Montes Claros https://orcid.org/0000-0002-1705-5775

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1679-%2049742021000300023

Keywords:

Grupos de Risco, Grupo com Ancestrais do Continente Africano, Quilombolas, Obesidade Abdominal, Saúde Pública, Estudos Transversais

Resumo

Objetivo: analisar a prevalência de obesidade abdominal e fatores associados em comunidades quilombolas do Norte de Minas Gerais, Brasil. Métodos: estudo transversal realizado em 2019, sobre entrevistas estruturadas e mensuração do perímetro da cintura; empregou-se regressão de Poisson, separada por sexo, para calcular razões de prevalências (RP) da obesidade abdominal ajustada pelas variáveis independentes e intervalo de confiança de 95% (IC_95%). Resultados: 56,6% (IC_95% 50,9;62,0) dos quilombolas observados apresentaram obesidade abdominal; na análise ajustada, entre homens, verificou-se associação do desfecho com idade de ≥60 anos (60-69 anos: RP=2,52 – IC_95% 1,33;4,75), não ser tabagista (RP=1,73 – IC_95% 1,17;2,55) e referir hipertensão arterial (RP=1,42 – IC_95% 1,11;1,80), enquanto nas mulheres, associou-se com idade ≥50 anos (50-59 anos: RP=1,25 – IC_95% 1,01;1,54), ex-tabagismo (RP=1,26 – IC_95% 1,00;1,58), consumo de frango com pele (RP=1,09 – IC_95% 1,00;1,19) e hipertensão (RP=1,22 – IC_95% 1,11;1,36). Conclusão: encontrou-se prevalência de obesidade abdominal alta entre os quilombolas, maior nos idosos, hipertensos, fumantes e ex-fumantes.