DOI do artigo publicado https://doi.org/10.3389/fpubh.2021.617003
Saúde Única em Periferias: biopolítica, determinação social e campo de práxis
DOI:
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.2019Keywords:
Saúde Única em Periferias, Saúde Única, Saúde Coletiva, Epidemiologia Crítica, Determinação social da saúde, Iniquidades de Saúde, Biopolítica mais-que-humana, Estudos Críticos AnimaisResumo
Diante da urgência para resolver inúmeros e severos problemas de saúde, perguntar que é saúde e quem pode e deve tê-la pode parecer uma perda de tempo. Entretanto, algumas respostas revelam práticas prevalecentes que desviam a atenção de problemas fundamentais, mantendo assim privilégios e aprofundando iniquidades de saúde. A Saúde Única em Periferias surge desses questionamentos e assume três sentidos interdependentes. O primeiro refere-se a atributos que determinam o bem viver e o sofrimento de coletivos multiespécie periféricos: estados, processos, realização de capacidades. O segundo problematiza dispositivos de marginalização que definem a saúde e quem pode e deve tê-la. O terceiro abrange práticas em espaços sociais mais-que-humanos em que, e pelas que, a Saúde Única é vivenciada, entendida e transformada. A qualificação da saúde como “única” não se refere à falta de pluralidade nem à simples agregação de fragmentos de saúde (humana + animal + ambiental), mas à complexidade da saúde num campo com lugares periféricos, decorrentes de margens para privilegiar os que estão dentro e legitimar a exploração dos que estão fora. A interação entre margens cria graus e tipos de privilégio e vulnerabilidade que materializam perfis epidemiológicos, enquanto a articulação de diferentes forças e necessidades periféricas apoia resistências coletivas para romper margens, A determinação social da saúde que explica esses perfis epidemiológicos é um conceito chave no movimento da saúde coletiva. Porém, esse movimento omite a dimensão mais-que-humana da determinação social; isto é, a Saúde Única em Periferias é um ponto cego da saúde coletiva. A cartografia da Saúde Única em Periferias tem necessidades específicas em termos de participação, pesquisa e políticas inclusivas para promover decolonialmente estilos de vida saudáveis.
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