UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA E RARA: QUAL A RELAÇÃO DA NOMA COM A CIRURGIA PLÁSTICA?

Resumo

Objetivo: O objetivo do estudo foi realizar uma revisão narrativa, descrevendo a relação da Noma com a cirurgia plástica.

Métodos: A estratégia de busca utilizou bases de dados como Pubmed, Scielo e Lilacs para coletar informações sobre Noma e sua relação com a cirurgia plástica. Os critérios de inclusão consideraram estudos sobre Noma, tratamento cirúrgico, resultados clínicos, idiomas (inglês, português e espanhol) e desenhos de estudo. Foram excluídos estudos com tratamentos não cirúrgicos, técnicas cirúrgicas não faciais, ausência de resultados cirúrgicos, relatos de casos não humanos e tratamentos de complicações de cirurgias prévias.

Resultados: Constatou-se que a cirurgia plástica reconstrutiva resulta em melhorias na qualidade de vida dos pacientes, com avanços em resultados objetivos e subjetivos após as intervenções. Entretanto, o estudo também destacou uma discrepância entre o número de relatos de casos e a escassez de estudos prospectivos que utilizam classificações para avaliar os resultados das intervenções. Dos artigos revisados, 64% eram relatos de casos, evidenciando a necessidade de estabelecer pesquisas mais rigorosas para entender melhor as implicações do tratamento do Noma. As classificações, NOITULP e PRO, demonstraram-se essenciais na prática cirúrgica, não apenas para o planejamento das reconstruções, mas também para avaliar o impacto na vida dos pacientes.

Conclusão: Noma é uma doença rara e negligenciada, com sequelas faciais devastadoras . A importância da cirurgia plástica reconstrutora está em restaurar a funcionalidade física e proporcionar uma autoimagem mais positiva, combatendo o sofrimento e o isolamento social.