NEGOCIAÇÃO COLETIVA E DESIGUALDADE NA AMÉRICA LATINA: UM BALANÇO DA LITERATURA RECENTE
DOI:
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.1067Keywords:
Negociação coletiva, Redução da desigualdade, América Latina, Literatura recenteResumo
O artigo visa ao estudo do papel da negociação coletiva para a redução da desigualdade na América Latina a partir dos anos 2000. Analisa-se o impacto dos sindicatos e da negociação coletiva sobre os salários e a distribuição de renda, considerando que os resultados nessas duas áreas geralmente resultam da interação de mudanças em múltiplos processos macro e microeconômicos e que as desigualdades gerais de renda estão profundamente (embora não exclusivamente) relacionadas com a renda do trabalho, que é principalmente definida nos mercados de trabalho. Efetua-se neste estudo um balanço compreensivo (embora não exaustivo) da pesquisa recente na América Latina, primeiro apresentando resultados de estudos comparados, para então descer a detalhes em quatro países selecionados, nominalmente Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. A escolha desses países levou em conta distinções em termos de tradições de negociação coletiva, graus de coordenação e centralização da negociação e graus de cobertura das negociações. O balanço bibliográfico procurou associar o grau de centralização da negociação coletiva e seus resultados na redução nas desigualdades nesses países. A hipótese geral, derivada da pesquisa nos países mais ricos, é a de que a maior centralização e/ou coordenação negocial está diretamente associada à redução nas desigualdades.
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