O avesso da pele: uma análise à luz da Psicologia Histórico-Cultural da Arte
DOI:
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.12827Palavras-chave:
Psicologia da Arte, Psicologia Histórico-Cultural, Morte, LiteraturaResumo
Fundamentado na Psicologia da arte e na Psicologia histórico-cultural, este artigo propõe um método de análise literária voltado à investigação da vivência estética e das concepções de morte na obra O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório. A metodologia desenvolvida articula os aportes teóricos de Vigotski, especialmente sua Psicologia da Arte, de Wolfgang Iser, com a teoria da recepção estética, e de Antônio Candido, na relação entre literatura e sociedade. A análise dialética permitiu identificar como a obra aborda a morte não apenas como um fenômeno biológico, mas como uma experiência politicamente produzida, marcada por dimensões necropolíticas que moldam as formas de morrer e de viver. As considerações finais apontam que, embora a morte seja apresentada como uma realidade universal, sua essência revela-se no avesso: um espaço de angústia, contradição e questionamento existencial e social. Assim, o contato com a morte na narrativa se dá por meio de afetos intensos e ambíguos. A construção do personagem Pedro e sua relação com a perda mobilizam o leitor, na medida em que este busca dar sentido à dor e ao luto, atravessando os silêncios e vazios da experiência humana e literária.
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